terça-feira, 2 de agosto de 2011


Paulo de Tarso rebate crítica de Iberê, que disse ter sido tratado como um "marginal"

Publicação: 02/08/2011 09:41 Atualização:
De Allan Darlyson para a redação do Diário de Natal

O secretário-chefe do Gabinete Civil, Paulo de Tarso Fernandes, rebateu ontem (1) as críticas feitas pelo ex-governador Iberê Ferreira de Souza (PSB) aos sete primeiros meses de gestão da governadora Rosalba Ciarlini (DEM). Em entrevista a O Poti/Diário de Natal, no último domingo, o pessebista disse que o estado parou e reclamou de ter sido tratado "como um marginal" pelo atual governo. Paulo de Tarso disse que todos os membros da atual administração tiveram respeito por ele e pela ex-governadora Wilma de Faria (PSB).

De acordo com Paulo de Tarso, a governadora e sua equipe fizeram críticas administrativas ao modo que o PSB administrou o Estado, e não pessoais. O secretário frisou que não é o objetivo do governo adjetivar os ex-gestores. "Eu repilo essa reclamação do ex-governador. Sempre agimos com muito respeito. O que criticamos foi o modo como o estado foi encontrado. Mas a governadora e toda sua equipe têm uma postura muito respeitosa e jamais trataria seus antecessores da forma que o ex-governador colocou", declarou.

Sobre o fato de Iberê ter contestado o valor de R$ 814 milhões da dívida, que foi divulgado pelo governo, Paulo de Tarso frisou que foi realizada uma auditoria de análise dos débitos. Segundo o ex-governador as pendências são de R$ 150 milhões. Iberê argumentou que o atual governo contabilizou recursos a serem recebidos do governo federal como débitos da gestão pessebista. "Não se pode fatiar a dívida. O valor de R$ 814 milhões é irretocável, pois foi encontrado depois de um grande processo de análise", rebateu o secretário.

Paulo de Tarso também defendeu a política econômica implantada pela gestão do DEM, chamada de "gulodice fiscal" por Iberê. "O governo combateu a indevida generosidade fiscal que era aplicada pela gestão anterior. Essas foram medidas de Justiça Fiscal. Não há um apetite fiscal voraz do estado. Mas, é preciso incrementar a arrecadação. Se isso gerar algum prejuízo, serão feitos ajustes", analisou. Paulo disse ainda que o corte das gratificações dos servidores, ação criticada por Iberê, foi uma medida correta. "As gratificações eram generalizadas. O governo só vai gratificar os servidores que ultrapassam suas respectivas cargas horárias", afirmou.

Autoria de obras em disputa
A paternidade ou maternidade das obras que passam por esse processo de transição entre o governo do PSB e a gestão do DEM também causa polêmica. Iberê disse que todas as obras anunciadas por Rosalba, nesses primeiros sete meses de governo, tiveram início em sua gestão ou na da ex-governadora Wilma de Faria (PSB). Segundo o ex-governador, Rosalba, ao assumir a chefia do Executivo, paralisou todos os projetos em curso para dar ordem de "reinício" posteriormente e mostrar como se fossem realizações dela.
Já Paulo de Tarso declarou que a democrata já encontrou as obras paralisadas e foi retomando aos poucos. Segundo o secretário-chefe da Casa Civil, Rosalba Ciarlini não viu nenhum problema em continuar obras dos ex-gestores. "Quando Rosalba assumiu, as obras estavam abandonadas. Houve recursos públicos investidos nesses projetos. Havia um desperdício. Era dever do governo retomar, como foi feito. Isso deveria ser elogiado e não criticado", ponderou. Paulo ainda disse que, apesar de a situação ser adversa, Ciarlini já começou a executar ações próprias. Ele destacou a área de Segurança como exemplo. 

Nenhum comentário:

Postar um comentário