quinta-feira, 23 de junho de 2011



Origem da Festa Junina

          Existem duas explicações para o termo festa junina:
           A primeira é em função das festividades que ocorrem durante o mês de junho.
          Outra versão diz que esta festa tem origem em países católicos da Europa e, portanto, seria em homenagem a São João.
          No princípio, a festa era chamada de Joanina.

História da Festa Junina e tradições.
         Apesar de hoje serem festas católicas, as comemorações juninas antecedem o nascimento de Cristo. Em certa época e durante muito tempo os católicos passaram a associar esta celebração ao aniversário de São João, no dia 24 de junho, mais tarde, os festejos incluíram os dias de Santo Antônio (dia 13) e São Pedro (dia 29).
          Ao longo dos anos, cada região do Brasil comemora de um jeito diferente. O que importa é o ingrediente principal: a alegria.
          Hoje, as festas juninas são entendidas como uma oportunidade para juntar os amigos e a família e se divertir!
          A decoração é feita com bandeirinhas coloridas, confeccionadas com folhas de papel de seda ou cartolina de diversas cores ou, até as mais originais são as bandeirinhas de jornal ou folhas de revistas coloridas.
          Quando há espaço usam papel laminado nas cores vermelha e amarela para fingir uma fogueira, amassando o papel de forma a imitar as labaredas. As folhas amarelas ficam na parte de dentro, para imitar a chama mais forte do fogo. Junta-se uns gravetos de madeira para colocar em volta e montar a fogueira.
           Para entrar no clima da festança os participantes da festa se vestem a caráter.Os homens costumam usar camisa xadrez, calça jeans com retalhos coloridos como se fossem remendos das calças, lenço no pescoço, chapéu de palha, bota e um bigode caprichado desenhado com lápis de pintar os olhos.
          Já as mulheres usam vestidos de estampas florais com babados e rendas, cabelo dividido em duas tranças e amarrado com fita, chapéu de palha, meia calça colorida, sapato, batom de cor viva e sardas desenhadas na bochecha com lápis de pintar os olhos.          A musica típica das festas juninas é um pouco parecida ao forró, e toca todo tempo, embalando o bate papo dos amigos. São tocadas quase sempre as mesmas, comoPula a Fogueira, Cai Cai Balão, Capelinha de Melão, Pedro, Antonio e João etc.
          Há ainda várias brincadeiras como a quadrilha em que geralmente é tocada a musica Festa na Roça. A maior atração está na confusão, quanto maior mais divertida se torna a brincadeira.
          Outras brincadeiras comuns são a pescaria, corrida de saco, o ovo cozido na colher, pular a fogueira de mentirinha do papel laminado, a corrida dos três pés, para as crianças. Para os mais jovens, o correio elegante, e até um bingo, que é apreciado até pelas pessoas mais idosas.
          As comidas normalmente são o Arroz-doce, canjica, cocadinhas, bolo de fubá, docinhos de amendoim, cuscuz,milho cozido, pinhão. Bolinhos de polvilho, suspirinhos, etc.
          As bebidas mais famosas destas festas são Quentão e Vinho Quente, apreciados por homens e mulheres.

para fazer o seu "Arraiá"



DISPUTA »ABC se prepara para enfrentar o Náutico neste sábado

Publicação: 23/06/2011 12:37 Atualização:
Por Luan Xavier, especial para o Diário de Natal

O ABC segue firme na preparação para o confronto de sábado (25) contra o Náutico, partida em que o Alvinegro vai defender a condição de único invicto nesta Série B. Para este jogo o técnico Leandro Campos tem dúvidas no sistema defensivo. A primeira delas é quem irá substituir o zagueiro Tiago Garça, expulso na última rodada contra o Vila Nova. As opções são Leonardo, o mais cotado para assumir a vaga na zaga ao lado de Alessandro Lopes, e Max, atleta contratado no mês de maio e que ainda não teve oportunidade de jogo no time abecedista. Irineu, zagueiro titular durante todo o Campeonato Estadual, ainda não retornou aos treinamentos após a cirurgia no joelho direito. 

A outra dúvida é novamente na lateral direita entre Pio e Nêgo. O primeiro já ganhou a preferência do treinador desde o início da competição, porém o antigo ídolo da torcida alvinegra vem sendo utilizado por Leandro Campos ao longo das partidas. Ontem o ABC realizou um trabalho tático e apenas hoje, no coletivo, é que o treinador alvinegro deve definir o time que enfrenta os pernambucanos. O ABC já iniciou as comemorações do aniversário de 96 anos do clube. Desde domingo, no site oficial, estão sendo transmitidos depoimentos de torcedores falando do amor pelo clube em forma de contagem regressiva até o dia 29, data do aniversário. 

Na segunda-feira (27) o clube irá inaugurar a nova loja de relacionamento, localizada na Avenida Prudente de Morais a partir das 19h. No dia seguinte, terça-feira (28), o torcedor abecedista poderá desfrutar de uma vasta programação com início às 18h com o Arraiá do ABC, no módulo 4 do

estádio Frasqueirão. A diretoria irá disponibilizar ainda dois telões em alta definição para transmissão da partida entre Sport x ABC, às 19h30, direto da Ilha do Retiro, em Recife-PE. A expectativa é que o evento perdure até às 00h da quarta-feira, quando a torcida será convidada a cantar os parabéns ao clube. Na quarta, no ecenrramento da programação, uma missão de ação de graças será realizada às 9hno módulo 1 do Frasqueirão.

Dispensas

A diretoria do ABC anunciou ontem a rescisão contratual do goleiro Alex. Contratado em novembro do ano passado, o atleta é o terceiro dispensado pelo clube nesta semana. Antes dele o volante Reinaldo e o meia Jackson haviam acertado suas saídas do Alvinegro. A justificativa para os três casos é que os jogadores não vinham sendo aproveitados pelo técnico Leandro Campos nesta Série B 2011. 

Governo libera R$ 500 mil para São João no RN

Publicação: 23/06/2011 07:30 Atualização: 23/06/2011 08:29
Por Erta Souza, do Diário de Natal

Os 184 projetos selecionados pelo Edital Prêmio RN Junino 2011 do governo do estado receberam ontem R$ 500 mil para ajudar a promover suas festas. O edital foi realizado pela Secretaria Extraordinária de Cultura do RN e Fundação José Augusto como forma de ajudar os grupos juninos do estado. O dinheiro disponibilizado foi depositado na conta do representante das categorias previstas no edital.

Durante o evento, a governadora Rosalba Ciarlini, afirmou que seu governo vai priorizar a cultura, sobretudo a popular e lembrou que o envolvimento de jovens, por exemplo, nas quadrilhas juninas, também pode ser encarado como uma forma de afastá-los da violência. "Todo trabalho de arraiás e quadrilhas é muito importante para a comunidade. E podemos trabalhar nesse sentido uma cultura de paz", ressaltou a governadora. 

Para a secretária Extraordinária de Cultura, Isaura Rosado, a receptividade dos grupos e organizadores do ciclo junino estadual foi boa porque o edital tornou transparente e democrático o acesso aos recursos públicos. E lembrou também que tudo foi feito com muita agilidade: "Abrimos o edital no dia 31 de maio; acatamos mudanças dos próprios interessados, ampliamos o número de projetos para festivais e arraiás, avaliamos e selecionamos os projetos aptos e hoje (ontem) os recursos já estão no banco", comemorou ela.

Como representante dos grupos, o organizador do Arraiá Tiradentes, no bairro de Nazaré, Aroldo Alves, sintetizou o sentimento dos contemplados: "Ficamos muito felizes com esse apoio. Essa prática da governadora e da Secultrn/FJA foi um ato muito bem pensado e sensível aos nossos pedidos. Com o apoio partindo do Edital não foi preciso intermediário - que poderia tirar 5% ou 10% para essa ou aquela associação. O dinheiro foi direto para os realizadores. Estamos todos muito satisfeitos e prontos para colaborar com o Governdo do Estado para os processos no próximo ano", disse. 

segunda-feira, 20 de junho de 2011

EM 2012 VOTE COM A RAZÃO E NÃO COM A EMOÇÃO!!!


(Cid Arruda Câmara Max Andrade  e  Flavio Azevedo)


Três Pré- candidatos a prefeito Nova Cruz, Cid Arruda Câmara, Max Andrade e Flavio Azevedo, um prefeito duas vezes, deixou a prefeitura em 2008 com 70% de aprovação popular, um dos maiores prefeitos dos últimos 50 anos, Cid Arruda, outro foi vice- prefeito nos dois mandatos do ex-prefeito Cid, Max Andrade que ainda não teve oportunidade de administrar o nosso município como prefeito. 
E segundo ele mesmo cansou de ser vice, o outro é o atual prefeito Flavio Azevedo, o pior prefeito da história do nosso município, uma rejeição jamais vista, uma administração desastrosa, não cumprindo nem os menores compromissos assumidos na campanha passada. 
Com todo esse cenário, o eleitor de Nova Cruz, que conhece os três pré-candidatos vai ficar fácil escolher no ano que vem. 
Ou você vota em Cid Arruda, que já mostrou a sua capacidade administrativa por duas vezes, ou vota em Max Andrade que é uma incógnita em termos administrativo ou vota em Flavio Azevedo, para afundar mais ainda a nossa cidade. 
Na hora de votar vote com a razão e não com a emoção. Você decide.

REPASSE DO ANO 2011 PARA NOVA CRUZ

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EM DESTAQUE

·         1
·         2
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PAINEL
Repasses do Governo Federal para o município em março de 2011:
R$ 1.818.360,31
Repasses do Governo Federal para o município acumulado em 2011:
R$ 7.453.772,79
·         Cadastro de Convênios
RECURSOS RECEBIDOS DO GOVERNO FEDERAL EM 2011
Recursos Recebidos por Área
Encargos Especiais --------------------------------------------------------------------------------
R$
4.536.783,33
Assistência Social --------------------------------------------------------------------------------
R$
1.751.820,60
Saúde --------------------------------------------------------------------------------
R$
1.068.112,66
Educação --------------------------------------------------------------------------------
R$
97.056,20
Recursos Recebidos por Ação
FPM - CF art. 159 --------------------------------------------------------------------------------
R$
3.015.939,14
FUNDEB --------------------------------------------------------------------------------
R$
1.366.900,23
PAB Variável - PSF --------------------------------------------------------------------------------
R$
463.757,00
TETO MAC --------------------------------------------------------------------------------
R$
300.937,02
PAB Fixo --------------------------------------------------------------------------------
R$
132.370,78
Recursos Pagos Direto ao Cidadão
Bolsa Família --------------------------------------------------------------------------------
R$
1.681.053,00

DECORAÇÃO 2008 ADM CID ARRUDA CÂMARA


Professores da rede de ensino público de oito Estados estão em greve

Publicação: 19 de Junho de 2011 às 00:00
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Professores da rede pública estadual estão com braços cruzados em seis estados, em protesto por melhores condições de trabalho. Em três deles - Amapá, Rio Grande do Norte e Santa Catarina -, o salário está abaixo do piso nacional estabelecido pelo Ministério da Educação. Levantamento feito  com governos e sindicatos mostra que outros 5 estados - Bahia, Ceará, Goiás, Pará e Rio Grande do Sul - também não atingem o valor. A lei do piso foi promulgada pelo governo federal em julho de 2008. O valor atual é de R$ 1.187 (válido desde janeiro) para professores com formação de nível médio que trabalham até 40 horas por semana.

A obrigatoriedade do piso foi aprovada pelo Supremo Tribunal Federal (STF), que entendeu que o valor se refere a uma remuneração básica, ou seja, não leva em conta acréscimos pagos de formas diversas pelos estados, como gratificações e abonos. A decisão foi tomada em abril, mas até agora não foi publicada no Diário Oficial. Segundo o STF, não há data prevista para que isso ocorra.

Como nem todos os estados utilizam a mesma carga horária semanal, a reportagem fez cálculos proporcionais para comparar o valor pago por todos os estados e chegar àqueles que estão abaixo do piso recomendado pelo ministério.

O levantamento partiu do valor de piso calculado pelo MEC, seguiu o conceito fixado pelo Supremo em julgamento para analisar os salários pagos e mostra ainda que dois estados que não pagam o valor mínimo definido em lei para professores de nível médio - Santa Catarina e Pará - nem sequer pagam esse valor para profissionais de nível superior.

O MEC reserva aproximadamente R$ 1 bilhão do orçamento para ajudar governos e prefeituras a pagar o piso salarial aos professores. O governo que pedir ajuda precisa, entre outras coisas, comprovar que aplica 25% da receita na manutenção e desenvolvimento do ensino, ter plano de carreira para o magistério e demonstrar o impacto da lei do piso nos cofres públicos.

"Me parece que os estados que se valeram do período de vigência da liminar que o Supremo deu não estão tendo problema. Agora, os estados que adiaram isso estão com problemas. O governo tem previsão para ajudar. A lei fixa os parâmetros do acordo federal", disse o ministro da Educação, Fernando Haddad.

Educadores têm jornadas triplas de trabalho

Jornadas de 30, 40 e até 60 horas semanais, três empregos, pouco tempo para ver os filhos, a família. Sorteio para pagar as contas do mês. Empréstimos, bicos, jornada tripla. E salários baixos. Esta é a rotina de grande parte dos professores da rede pública de ensino no país, muitos deles pós-graduados.

"Não consigo dar conta de pagar minhas contas mensais", diz a professora Maria Patrícia Almeida Santos Costa, de 38 anos, que leciona no ensino fundamental da escola estadual Professor José Baptista Castellões, na Zona Sul da capital paulista. Ela faz um sorteio todo mês para decidir o que deixar em dia. "Esse mês nós vamos pagar o seguro do carro. Já sabemos que o telefone e o condomínio nós não vamos conseguir."

Tempo para o lazer não é uma possibilidade, segundo ela, com um salário de R$ 1.213. "Há muito tempo eu não viajo. No cinema eu ainda vou, porque eu e o meu filho temos desconto. Às vezes vamos a algum parque público", diz ela. "Eu já tirei uma carteira de trabalho nova e estou procurando trabalho desde abril. Sou casada com um funcionário público e nossa renda é baixa."

No Distrito Federal, a jornada de Jucimeire Barbosa, de 45 anos, chega a 60 horas por semana. Dá aulas de artes para o ensino fundamental pela manhã, trabalha à tarde, três vezes por semana, na coordenação da escola e leciona na turma de Educação de Jovens e Adultos (EJA) à noite. Mal sobra tempo para os três filhos. "Muitas vezes meu filho de 6 anos espera eu chegar às 23h para ajudá-lo nos deveres", conta ela, sobre o ritmo de trabalho que mantém há 14 anos.

Jucimeire já chegou a trabalhar em três escolas de duas regiões diferentes - e fazia todo o percurso de ônibus. Mas a renda líquida média não passa de R$ 3,9 mil por mês, o que a impede de investir na carreira. "A gente se forma, trabalha e quer chegar a um ambiente organizado, com tranquilidade. Aí passa por dificuldades, sobra pouco tempo de cuidar de si mesmo, de seu espaço. É bem difícil mesmo."

Em Mato Grosso do Sul, o professor Leossandro Carlos Adamiski, de 28 anos, já fez jornada tripla para trabalhar e agora faz para estudar. Ele trabalha 36 horas por semana em duas escolas dando aulas de filosofia. À noite, cursa Direito.

"Dou aula de manhã e a tarde. No período da noite estou fazendo outra faculdade. Temos que estar preparados para o mercado. Afinal a profissão de professor não está tão fácil", conta o professor.

Ele afirma que é impossível pagar as contas dando aulas em apenas uma escola. "Já cheguei a dar aulas nos três turnos para complementar a renda. Não tem como sobreviver dando aula em apenas uma escola, o salário é muito pouco. Juntei dinheiro para comprar meu carro porque eu tinha que ficar indo de uma escola para outra e gastava quase uma hora no ônibus".

Adamiski diz que o trabalho acaba preenchendo parte dos dias de folga. "Além das aulas, temos que levar para a casa as provas e trabalhos para corrigir. Temos que fazer diários, relatórios e planejamentos de aulas", afirma.

Em Videira (SC), o professor Ravel Ribeiro, de 27 anos, se divide entre quatro escolas, de manhã, à tarde e à noite. No total, são 50 horas/aula, que rendem um salário líquido de R$ 1.980. A mulher está grávida, e o casal tem outro filho de dois anos, com quem Ravel só tem as noites de segunda e terça.

Ele faz parte da diretoria do Sindicato dos Trabalhadores da Rede Estadual de Ensino do estado, onde os professores estão em greve desde o dia 18 de maio. Pós-graduado e estudante de mestrado, ele dá aulas de matemática e química para cerca de 450 alunos. "Meu objetivo com o mestrado é dar aula numa escola particular ou numa universidade", diz.

O que dizem os governos sobre as greves

Amapá

No Amapá, o professor de nível médio tem salário-base de R$ 1.053,83 por uma jornada de 40 horas semanais, segundo dados fornecidos pelo governo. Os profissionais estão em greve há 28 dias pela aplicação do piso nacional. O governo afirmou que "tem interesse de acabar com a greve, afinal os alunos não podem ser prejudicados, porém assumimos o estado cheio de dívidas e o Governo do Estado não pode se comprometer com algo que no momento não pode cumprir. Um dos pontos fortes dessa gestão é a valorização do servidor e isso passa pelo pagamento do piso também."

Pará

No Pará, professores de nível médio e de nível superior têm salário-base de R$ 1.093,20 e R$ 1.096,44 por uma jornada de 40 horas, respectivamente. Considerando abonos e gratificações, o professor de nível médio recebe R$ 1.859,12 no total, e o de nível superior, R$ 2.971,21. No estado, 5.834 professores têm formação de nível médio e 17.658 possuem nível superior.

O governo argumenta que o piso não está sendo aplicado porque até antes da decisão do STF "havia uma liminar que garantia o entendimento de que o piso do professor corresponderia ao valor da remuneração (total de vantagens e gratificações) e não ao vencimento-base". Segundo a Secretaria de Educação do estado, até então isso significava "que o Pará vinha praticando valores acima do piso nacional do professor." 

Ceará

No Ceará, um professor de nível médio tem salário-base de R$ 739,84 por uma jornada de 40 horas semanais, segundo informações da Secretaria de Planejamento. De acordo com a coordenadora de gestão de pessoas da Secretaria de Educação, Marta Emília Silva Vieira, a lei atualmente diz que o piso é formado por vencimento e gratificações e que os professores dessa classe recebem R$ 1.025 no total. Em nota, o governo informou que seguirá a decisão do STF assim que o acórdão for publicado e reajustará o piso para R$ 1.187. "Neste momento, encontram-se em estudo as propostas para um novo plano de cargos e carreiras, fundamentado na lei do piso nacional do magistério", informou o texto.

Segundo o governo, desde 1998 os concursos são realizados apenas para professores com nível superior e não há mais professores de nível médio em sala de aula. Os docentes de nível médio são cerca de 150 e estão em processo de aposentadoria, afirma a secretaria de Educação. Haveria um "pequeno número" destes professores em funções de apoio, ou seja, fora de sala de aula.

No total, a rede estadual tem 16 mil professores com nível superior em sala de aula, sendo 70% com especialização. "A remuneração média dos professores da rede, considerando uma carga de 40 horas semanais, é de R$ 2.240,30", afirmou a secretaria de Educação.

Rio Grande do Norte

No Rio Grande do Norte, a tabela atual dos salários de professores de nível médio fixa R$ 664,33 de salário-base por uma jornada de 30 horas semanais. Para estar enquadrado dentro do piso nacional de 40 horas, o salário-base do professor de nível médio deveria de R$ 890 para a jornada de 30 horas. O governo afirma que cumprirá o piso imediatamente e diz que aplicará o valor neste mês.

Diante da greve da categoria, iniciada no dia 2 de maio - o governo propôs equiparar o salário de nível médio ao piso nacional a partir de junho e dar aumento para os outros níveis a partir de setembro, mas de forma dividida até dezembro. A cada mês haveria aumento de 7,6% até chegar a 34%. De acordo com José Teixeira da Silva, um dos coordenadores gerais do sindicato, os professores não aceitam a proposta do governo e defendem que a secretaria pague o aumento de forma única aos profissionais de todos os níveis pelo menos a partir de julho.

Bahia

Na Bahia, o professor de nível médio tem salário-base de R$ 1.105,56 para uma jornada de 40 horas semanais. A Secretaria de Administração disse que menos de 10% do quadro de professores estão nessa faixa. O governo informou que aguarda a publicação do acórdão do STF para aplicar o piso de R$ 1.187,08.

Santa Catarina

Em Santa Catarina, o salário-base é de R$ 609,46 para um professor de nível médio e de R$ 993,12 para professores de nível superior, segundo dados informados pela Secretaria de Educação. Nos dois casos, a jornada é de 40 horas semanais. Os professores entraram em greve no dia 18 de maio. Eles pedem a aplicação do piso, a realização de concurso público e a regularização da situação dos ACTs, que são professores admitidos em caráter temporário. Também pedem investimentos em infraestrutura nas escolas.

O governo calcula que 65% das escolas tenham aderido à greve e que 70% dos alunos tenham sido atingidos. Ainda segundo o governo, as aulas serão repostas. Já o sindicato que representa os professores, afirma que 92% das escolas estão paralisadas.

O secretário-adjunto da Secretaria de Educação de Santa Catarina, Eduardo Deschamps, disse que a defasagem no piso foi corrigida com uma medida provisória enviada à Assembleia Legislativa no dia 23 de maio. Segundo ele, os professores com formação de nível médio vão passar a receber salário-base de R$ 1.187. Os salários dos docentes com nível superior também foram corrigidos, afirma Deschamps.

Goiás

Em Goiás, os professores com formação de nível médio recebem um salário-base de R$ 1.006 por uma jornada de 40 horas semanais. Existem 1.109 professores nesta situação, de acordo com o governo. A Secretaria de Educação afirma que a intenção é contemplar o piso nacional "e até mesmo ultrapassá-lo", mas alega que, se a medida fosse tomada hoje, seria preciso gastar todo o orçamento da educação apenas com pagamento dos professores e faltaria dinheiro para pagar despesas de escolas e dos alunos.

O governo destacou que a maior parte dos professores recebe acima do piso: 12,6 mil docentes têm salários-base de R$ 1.525,18 e 14,9 mil recebem R$ 1.719,64 como salário-base. Além disso, há gratificações por tempo de serviço e qualificação. A secretaria afirma que tem articulado junto ao governo federal a liberação de recursos para complementar os salários dos professores.

Rio Grande do Sul

No Rio Grande do Sul, um dos estados que questionaram no STF a aplicação da lei do piso, os professores de nível médio recebem R$ 868,90 de salário-base para uma jornada de 40 horas semanais. "A primeira medida do governador Tarso Genro foi pedir a retirada da assinatura do governo do Rio Grande do Sul da Adin (Ação Direta de Inconstitucionalidade). Isso não tinha efeito jurídico, mas teve efeito político, ficando claro para a sociedade gaúcha que o governo pagaria o piso", diz a secretária-adjunta de Educação Maria Eulália Nascimento. O governador foi ministro da Educação e assumiu a administração do estado no início do ano.

Segundo a secretária-adjunta, o governo precisaria de R$ 2 bilhões para pagar o piso a todos os professores. Ela diz que um reajuste de 10,91% foi dado em maio e que será feita uma programação para complementar o restante, de 50%. "A constituição do Rio Grande do Sul determina que o mínimo a ser aplicado na Educação é de 35% da receita líquida. Recebemos um orçamento de 26% [para a educação]", justifica.

De acordo com ela, cerca de 7 mil professores têm formação de nível médio na rede estadual. Mas a maior parte - 75% - possuem ao menos o nível superior.