A presidente Dilma dormiu um dia com a possibilidade de vencer a eleição no primeiro turno, ou sendo a favorita para o segundo, e acordou ontem com o segundo turno praticamente selado e a possibilidade de perdê-lo para Marina Silva, que não estava no páreo e se transformou do dia para a noite na favorita da eleição presidencial.
Será preciso, no entanto, depurar essas intenções de votos no tempo para saber o quanto de emoção elas contêm, e o que restará ao final.
A menos que estejamos diante de um fenômeno eleitoral que será movido pela comoção até a boca de urna, não é plausível que a votação de 2010 seja o piso de Marina, e que daqui para frente ela só faça crescer na preferência popular.
É verdade que ela já chegou a 27% em uma pesquisa anterior, mas não ter alcançado patamar semelhante diante da exposição a que foi submetida nos últimos dias pode significar que tenha alcançado seu limite.
O ex-governador Eduardo Campos não era uma figura nacional, e o fato de sua trágica e prematura morte tê-lo transformado em tal não resiste a 45 dias de uma campanha eleitoral acirrada como a que veremos a partir de hoje.
Por enquanto, Marina reconquistou seus eleitores tradicionais: basicamente os jovens, que saíram às ruas em 2013 e estão desiludidos com os políticos tradicionais, e os moradores das grandes e médias cidades. Ou a classe média “iluminista” e a garotada das redes sociais, numa definição sucinta usada na última eleição.
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